quarta-feira, 22 de agosto de 2007
Mensalão faz parte da história do Governo Lula.
O Supremo Tribunal Federal começa a apreciar hoje a denúncia contra os envolvidos no mensalão. Entre os acusados estão o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu; o ex-ministro do Transporte, Anderson Adauto; o ex-ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Luiz Gushiken; e o ex-diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. Mas o governo intensificou, nestes dias que antecedem o início do julgamento de um dos maiores escândalos políticos do país, o discurso de que o episódio não “respinga” em Lula. Uma investida que será inócua, afinal não há como separar o governo Lula do mensalão porque este foi um instrumento utilizado para se obter maioria no Congresso. Foi um instrumento espúrio que ultrapassou toda a real politique no Brasil. O episódio descoberto em 2005 trouxe à tona um esquema marcado ainda pela cooptação de parlamentares para se filiarem à base do governo e pela liberação de emendas parlamentares a “fiéis” ao Planalto. A formação de uma “teia” de sustentação ao governo baseada no convencimento político está restrita aos livros de História. Os governos, hoje, não fazem mais maioria embasados em políticas públicas, mas em benefícios que passam por cargos, emendas e ministérios. Além do envolvimento dos ex-integrantes do governo Lula, o STF decidirá se acata ou não denúncia contra petistas que faziam parte do chamado núcleo duro da legenda. São eles: o deputado federal José Genoíno (SP), o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Soares, o secretário-geral, Silvio Pereira.
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