segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Lula e o PT não sabem conviver com a democracia.

O presidente Lula e o PT apelam para a tese de golpismo e de complô das elites e da mídia contra o governo porque não sabem compreender o real significado da democracia. Ao contrário, desde que se abancou no poder o partido de Lula trabalha com a tese do partido único, do pensamento único. Os movimentos são claros e no sentido de não aceitar oposição, a administração petista não compreende que no processo democrático é preciso ter governo e oposição. Esse quadro, leva Lula e seus áulicos a uma espécie de paranóia coletiva fazendo com que não suportem sequer vaias espontâneas da população. Na democracia deve se respeitar tudo aquilo que é movimento popular. O presidente tem o direito de falar, mas o povo também tem o direito de vaiar. Mesmo movimentos organizados precisam ser respeitados. Lula tem que compreender isso e não fazer discurso que soe como ameaça ao próprio processo democrático. Lula apresenta uma postura arrogante e dá péssimo exemplo ao dizer que ninguém coloca mais gente na rua do que ele, o que foi analisado por analistas políticos como uma ameaça de "contra golpe" a um golpe inexistente. A crescente insatisfação da sociedade com o desempenho de Lula refletem a total falta de planejamento do governo, que ficou mais evidente com a apagão aéreo no país. É um governo sem planejamento que agora optou pelo PAC (Plano de Aceleração de Crescimento), que na verdade é um conjunto de obras em que muitas delas não têm sequer os projetos de engenharia concluídos. Exemplo desse despreparo, foi o anúncio feito pelo presidente, logo após o desastre com o avião da TAM que matou 199 pessoas, de construção de um novo aeroporto em São Paulo, fato depois descartado até pelo novo ministro da Defesa, Nelson Jobim. A construção de um aeroporto não pode ser objeto de entrevista do presidente. Tem de ser uma política de estado definida em função de estudos técnicos. Então, isso é governo de Lula, que não tem planejamento e por isso entra em contradições com facilidade. O Planalto não administra o governo, administra os fatos políticos.

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