quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Renan deveria ser julgado como ladrão de galinha!

O sistema adotado pelo Senado Federal que permitiu ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também é o dirigente do Congresso Nacional, escapar de um processo de cassação nesta quarta-feira foi covarde. Uma votação secreta ocorrida durante uma sessão fechada, onde Renan foi absolvido com os votos de 40 parlamentares. Trinta e cinco votaram pela interrupção do mandato e seis de absteram. Se a sessão do plenário fosse aberta como foi a do Conselho de Ética, o resultado desta quarta-feira teria sido diferente. No Conselho, a cassação de Renan foi recomendada por 11 senadores. Quatro votaram a seu favor. Qualquer julgamento no país, de uma pessoa que rouba uma galinha ou um pedaço de pão é público porque essa é a lógica do nosso sistema de transparência, mas covardemente se faz uma sessão secreta como se fosse na idade média. O desfecho do caso constitui verdadeiro “crime” contra a sociedade. Houve uma quebra de decoro. Tem mais três processos. Não é um julgamento da pessoa do Renan, estamos tratando do exercício de um mandato popular. O que se fez (a absolvição) foi um crime contra aquilo que pensa a população. Esta votação comprova a necessidade de a Câmara concluir a votação da PEC que extingue o voto secreto nas deliberações do legislativo para acabar com a dissintonia existente entre o parlamento e o povo. Sessão de julgamento tem que ser pública. Temos uma PEC que está encalacrada na ordem do dia e que não avança.

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