terça-feira, 5 de junho de 2007

PF marca ponto ao fugir da "amizade colorida"

A Polícia Federal marcou mais um ponto. Agora, na operação xeque-mate, que investiga um esquema criminoso envolvendo corrupção, tráfico de drogas, exploração de jogos de azar e uso de tráfico de influência para a perpetuação de delitos. Nem o irmão mais velho do presidente Lula, Genival Inácio da Silva, o Vavá, escapou do cerco da PF. Sua casa foi vaculhada por policiais em busca de provas e ele acabou indiciado sob a acusação de tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário. É bom lembrar que, ainda em 2005, o mesmo Vavá já havia sido acusado pela mídia de intermediar negócios entre empresários e o governo. O presidente Lula pode até tirar proveito do caso, exaltando a independência da polícia. Mas é bom que se diga: estranho era se a PF poupasse quem quer que seja por conveniência política, ou seja, não faz mais do que sua obrigação. Na frente das câmaras Lula elogiou a ação da PF. Mas nos bastidores, segundo reportagem de hoje da Folha de S. Paulo, ficou irritado e reclamou por não ter sido avisado com antecedência da busca e apreensão na casa do irmão. A reclamação, se é que houve mesmo, lembra o caso da senadora e ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que ao saber que a PF havia apreendido R$ 1,34 milhão na empresa Lunus, dela e do marido Jorge Murad, reclamou: Por que não fui avisada antes? Ora, quem avisa amigo é. E a PF não pode se dar ao luxo desse tipo de "amizade colorida".

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